A nomeação da filha da secretária de Educação de Paço do Lumiar vem dando o que falar. A portaria do prefeito interino Inaldo Pereira (PSDB), que saiu na última sexta-feira (7), onde aparece o nome da Mayara Rafaele Sousa Frasão, filha da secretária de Educação, Maria José Freire, é alvo de críticas, muitas delas ligadas ao discurso do gestor temporário sobre ser implacável com a corrupção.
É que Mayara Frasão, nova chefe do Departamento da Secretaria de Educação, é a suspeita número 1 de investigação que apura denúncia envolvendo agentes públicos da Secretaria Municipal de Segurança Alimentar (Semsa), na gestão de Eduardo Braide. Ela é presidente da Associação das Donas de Casa da Vila São Camilo.
A entidade gerida por Mayara Frasão é acusada de apresentar inconsistência nas prestações de contas, nos Termos de Colaboração nº 002/2021, 014/2021, 015/2021, 034/2021 e 040/2021, celebrados com a Semsa, com inúmeras contradições e irregularidades quanto a correta aplicação do importe de R$ 940 mil reais que deveriam ser investidos na execução de diversos programas de apoio alimentar durante a pandemia da Covid-19.
O Ministério Público reforçou a gravidade das condutas da instituição, sob comando de Mayara Frasão. São fortes os indícios de potencialidade de lesão ao erário municipal envolvendo a Associação.
É difícil de acreditar que, no momento que o Estado sofria com as consequências da Pandemia da Covid-19, pessoas se aproveitaram para se favorecer em detrimento do sofrimento dos menos favorecidos. Lares maranhenses têm o pior índice de segurança alimentar do país.
Qual a contribuição que Mayara Frasão, envolvida nesse escândalo de possível desvio de verbas de quase R$ 1 milhão, poderá dar a SEMED luminense? Ainda mais agora que Inaldo Pereira interrompeu fornecimento de alimentação para os alunos de várias unidades , como a UEB Allana Ludmila. Mayara Frasão terá poder para gerir a merenda escolar dos estudantes luminenses?
Enquanto isso, Inaldo Pereira interino segue fazendo a dança das cadeiras, nomeando parentes, pessoas com problemas na justiça e sem qualificação técnica para o exercício das funções inerentes ao cargo.