16 Mar
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São Luís, Maranhão - Em teoria, o Hospital Universitário Materno-Infantil, sob a administração da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), é tido como uma referência no estado, prometendo uma assistência humanizada e de qualidade para mulheres e crianças. No entanto, a realidade parece distante dessa idealização.

O recente caso do pequeno Gael Nunes, trazido à luz pelo seu pai, Diego Nunes, é apenas um entre muitos que ocorrem nas instalações do hospital, situado no coração da capital maranhense, e que frequentemente culminam em desfechos trágicos.

O Caso de Gael Nunes: Um Relato de Angústia e Negligência

Kadja Pereira, mãe de Gael, foi admitida em estado de urgência às 06:15 da última terça-feira (13). Durante toda a gestação, o pré-natal foi compartilhado entre o Pronto Socorro do João Paulo e o Materno-Infantil, como evidenciado em documentos anexados à matéria, fornecendo à unidade hospitalar todas as informações relevantes sobre o caso e possíveis complicações na gestação. 

"Assim que minha esposa foi internada, informamos que o bebê estava sofrendo de pielectasia bilateral renal (dilatação da pelve renal). 

A angústia se prolongou por cerca de 20 horas, quando os médicos optaram por romper manualmente a bolsa, mas creio que, devido ao atraso, ele não chorou ao nascer, resultando em broncoaspiração de mecônio. Foi necessário aspirá-lo e intubá-lo, levando-o à UTI", relatou o pai, Diego Nunes.

Além da negligência no atendimento ao parto, a mãe afirma ter sofrido laceração obstétrica. 

"Estava debilitada, e quem testemunhou tudo foi meu marido. Estão manipulando muita coisa aqui, inclusive registraram na certidão de nascimento que meu parto foi sem indução, o que não é verdade. Romperam minha bolsa manualmente. Estou mal conseguindo andar", expressou com revolta a mãe, que, embora tenha recebido alta, se recusa a deixar o recém-nascido sozinho na unidade de saúde.

A família de Gael, que luta pela sobrevivência do bebê, enfrenta uma incerteza angustiante, uma vez que o pequeno apresenta dificuldades para se alimentar. 

Somente na próxima segunda-feira (18), serão realizados exames para determinar possíveis sequelas, as quais podem impactar permanentemente sua vida e a de seus familiares. 

Apesar das inúmeras tentativas de contato, a direção do hospital permaneceu inerte e não se pronunciou sobre as acusações, deixando a família em busca de respostas e justiça.

Conclusão: Uma Questão de Transparência e Responsabilidade

À medida que a família de Gael luta por respostas e por um tratamento adequado para o pequeno, este caso levanta sérias preocupações sobre a qualidade e a responsabilidade do atendimento no Hospital Universitário Materno-Infantil. 

A falta de transparência e o silêncio da administração do hospital só alimentam a desconfiança e a indignação dos cidadãos.

A comunidade local e as autoridades competentes devem agora se unir para garantir que casos como esse sejam investigados minuciosamente e que medidas sejam tomadas para prevenir tragédias futuras. O direito à saúde e à segurança durante o parto não pode ser negligenciado, e é imperativo que todas as instituições de saúde, especialmente aquelas que prometem uma atenção especializada, sejam responsabilizadas por garantir o bem-estar e a segurança de mães e bebês.

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