Em Paço do Lumiar, o enredo político mais parece um episódio mal-escrito de um drama cheio de reviravoltas bizarras e uma pitada de comédia involuntária. O personagem central mais uma vez é o prefeito interino Inaldo Pereira, popularmente apelidado de "prefeito tampão", que se encontra no centro de um escândalo de atrasos salariais.
Os trabalhadores do Instituto Rafael Arcanjo estão enfrentando uma dura realidade e usando as redes sociais para denunciar o atraso nos salário de maio, prometidos para o quinto dia útil de junho, ainda não foram pagos. Enquanto os serviços nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade operam de forma precária, com muitos funcionando apenas em um turno, o prefeito tampão prefere jogar a culpa na prefeita afastada Paula Azevedo. Afinal, que melhor maneira de desviar a atenção de sua própria incompetência?
Mas o que realmente está acontecendo? Quem está devendo é Inaldo. Ele falhou em realizar o repasse necessário para o Instituto Rafael Arcanjo, prejudicando diretamente os trabalhadores, em sua maioria da área da saúde, como enfermeiros e técnicos, que dependem desses recursos para sustentar suas famílias.
Jorge Marú, presidente da Câmara e defensor dos direitos trabalhistas, levantou a voz em defesa dos trabalhadores: "Cadê os pagamentos atrasados, Inaldo?". O Instituto Rafael Arcanjo, por sua vez, já deixou claro que não há impedimentos legais para que o pagamento seja realizado, apontando a ausência de repasses como o único obstáculo.
A situação é clara e a população de Paço do Lumiar não está cega. Em vez de tomar responsabilidade, Inaldo prefere se esconder atrás de desculpas esfarrapadas e tentar culpar a administração anterior. No entanto, essa tentativa de disfarce não engana ninguém.
É hora de Inaldo Pereira parar de brincar de esconde-esconde com as responsabilidades e agir como um verdadeiro gestor. A população de Paço do Lumiar está cansada de desculpas e exigem ação. Prefeito tampão, pague o que deve e demonstre que é capaz de mais do que apenas ocupar temporariamente uma cadeira. Afinal, um líder se mede pela sua capacidade de resolver problemas, não de criar novos.