26 Mar
26Mar

Itamargarethe Corrêa Lima- jornalista- radialista-advogada, pós-graduada em Direito Tributário, Penal e Processo Penal, pós graduanda em Direito Civil, Processo Civil e Docência do Ensino Superior.

Hoje(26), iremos finalizar a abordagem sobre esse tema que impacta as pessoas e trata da difícil missão de educar. E sem delongas, nesse décimo encontro, começo afirmando que é imperioso que tenhamos a compreensão que a personalidade humana se acopla a esse ego já existente entre os sete e nove anos, isto significa, é preferível que os moldemos nessa idade, pois não serão as falas, todavia o comportamento que irão copiar, daí a importância de seguirmos fundamentados na vida cristã.


Os personagens dos desenhos animados que o mundo oferta apresentam “super-heróis” dotados de poderes inimagináveis, razão pela qual eles voltam sua ótica aqueles que mais convivem: os pais. Apesar de estarmos vestidos numa (couraça) infante, em determinados momentos, somos mais infantis e neófitos que os pequenos, não desejamos ser amigos e criamos um clima de competição.


E sabes porque digo isso? Pois, não renunciamos as próprias vaidades. Quantas mães e pais, meu caro(a), conheces que não querem levar em consideração a barreira do tempo e disputam com filhas e filhos, comportando-se como se jovem fossem? Tenho absoluta certeza que respondeste: fulano, beltrano e sicrano.
O amor, meu amigo(a), como já dizia o Criador, é renúncia. Amamos não porque ofertamos e, sim, renuncio a minha própria vaidade, querer e desalinho da personalidade humana imperfeita, pois amanhã teremos moral para falar não faça isso ou aquilo. Se tivermos um comportamento retilíneo não seremos questionados, entretanto, se falo algo e faço o contrário, tudo estará perdido.


Nesse estado de alma em que a humanidade elege como plano diretor balizador as vicissitudes e benesses materiais, esquecendo da essência divina, o ser deve bater palmas a dor que assola o planeta, porque é justamente ela que nos conduzirá ao caminho da retidão, lembra: “a dor é o aguilhão que impulsiona a evolução”. É essa essência que falta na base familiar para que a sociedade do amanhã seja melhor.
Não podemos exigir que os governantes sejam homens de bem. Estamos falindo em casa, enquanto família, instituição pequena, apropriada e fiel. Não poderá existir uma sociedade pacifica, harmoniosa, coletiva e fraterna se não houver esses sentimentos trabalhados dentro deste núcleo.


É por isso que o mundo se encontra dissociado, porque a base deve ser o respeito e não o temor ou a pancadaria. Outrossim, sabe o que acontece? Bater, coagir e doar bens materiais ao invés de cobrar sempre é mais prático e fácil. Se eu dou tu não me cobras, é o comércio que faço para que não diga nada, é o interesse.
A educação familiar hoje se funda na ótica mercantilista. Pais querem que os filhos não os aborreçam por comodidade, podendo, assim, usufruir do ócio, pois, no fundo não queriam a paternidade ou maternidade, já que não estão dispostos a renunciar. O problema será quando estivermos diante do sofrimento deles e nosso, consequentemente, vendo-os imergidos na incerteza do ser, das drogas e sexualidade. Quando isso acontecer, porque vai, precisamos ter a consciência que não os perdemos para o mundo, pelo contrário, o nascedouro é fruto do nosso individualismo.


Se analisarmos iremos observar que todos esses pais perfizeram tal caminho, voltando os olhos ao próprio umbigo. Pensando em voz alta, a grande maioria assim se comporta: “não quero que meu filho me aborreça, não posso perder o jogo, a saída com os amigos, a cerveja, o vinho”. Outros dizem: “tenho que dar exemplo ao meu filho, não irei para este ou aquele evento social. E o que vão falar? Será que dirão que estou velho e não saio mais?”.


Na atualidade, essa é a grande temática que as criaturas estão deixando passar desapercebido. Estamos perdendo nossos filhos não a outrem, mas pela negligência alicerçada no nosso orgulho e egoísmo. Convivemos com máculas morais que hoje moldam e forjam a educação materialista daqueles que amamos e as consequências estão sendo nefastas em relação a uma sociedade violenta e efêmera, pueril e ineficaz diante das adversidades que surgem e necessitam de uma resposta efetiva.


Desta feita, finalizo nosso encontro de hoje dizendo o seguinte: não há educação sem amor, nem amor sem educação. Educar é dar amor para o percurso de vida das crianças. Além disso, é conseguir que estas percebam que a vida delas não vai gravitar à volta do próprio umbigo. Daí a velha máxima que os nossos direitos acabam quando pisamos os direitos dos outros. Até semana que vem!!!

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