Em contraste com a tendência nacional de crescimento, as vendas no varejo no Acre registraram uma queda significativa em maio. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado apresentou uma retração de 3,2% no volume de vendas, enquanto a média nacional registrou um aumento de 1,5%.Especialistas atribuem a queda a diversos fatores, incluindo a inflação alta, o desemprego e a redução do poder de compra dos consumidores locais. "A economia do Acre tem enfrentado desafios específicos que afetam diretamente o consumo, como a menor circulação de renda e o impacto da inflação nos preços dos produtos essenciais", explicou a economista Maria Andrade.
Os setores mais afetados foram os de vestuário, eletrodomésticos e móveis, que tiveram uma queda expressiva nas vendas. Em contrapartida, o segmento de alimentos e bebidas conseguiu manter uma estabilidade, sem grandes variações em relação ao mês anterior.
Para os comerciantes locais, a situação é preocupante e exige medidas para reverter o cenário. "Precisamos de políticas que estimulem o consumo e tragam alívio para os lojistas. A queda nas vendas impacta toda a cadeia, desde os fornecedores até os funcionários", comentou João Pereira, presidente da Associação Comercial do Acre.
O governo estadual está analisando possíveis ações para mitigar os efeitos dessa retração, incluindo incentivos fiscais e campanhas de estímulo ao consumo. A expectativa é de que, com a implementação de medidas eficazes, o setor varejista possa se recuperar nos próximos meses.
