"Forças Armadas: Rumo ao Reconhecimento dos Danos da Ditadura e à Valorização da Democracia"
"Forças Armadas: Rumo ao Reconhecimento dos Danos da Ditadura e à Valorização da Democracia"
31 Mar
31Mar
Contexto Histórico
O golpe militar de 31 de março de 1964, que inaugurou uma ditadura de 21 anos no Brasil, completou 60 anos neste domingo (31).
Durante esse período, o país sofreu perseguições, torturas e assassinatos de opositores do regime, além do fechamento do Congresso Nacional e da censura à imprensa.
Posicionamento do Governo de Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) orientou que os ministérios não realizassem atos alusivos ao marco inicial da ditadura militar.
Em entrevista, Lula afirmou que o golpe foi algo do passado e que não ficaria remoendo o assunto para sempre.
Manifestações dos Ministros
Ao menos sete ministros do governo de Lula se manifestaram nas redes sociais repudiando o golpe de 1964 e defendendo a democracia.
Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação, destacou que “defender a democracia é um desafio que se renova todos os dias”.
Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos, expressou a importância de ter "ódio e nojo da ditadura", citando Ulysses Guimarães.
Decisões do Governo
Por decisão do gabinete presidencial, o Ministério dos Direitos Humanos cancelou um evento em memória das vítimas do regime.
Em 2023, as Forças Armadas já tinham deixado de publicar mensagem comemorativa do golpe militar, também por decisão de Lula e do ministro da Defesa, José Múcio.
Reflexões sobre o Período
O golpe militar trouxe um período marcado por transparência aos direitos humanos, restrições à liberdade política e cerceamento da participação democrática.
O reconhecimento dos danos causados pela ditadura militar e a valorização dos princípios democráticos são essenciais para evitar a repetição de tais eventos no futuro.
Mudanças na Narrativa Oficial
Durante a gestão de Bolsonaro, entre 2019 e 2022, o Ministério da Defesa divulgou textos comemorativos ao golpe militar, em uma postura elogiosa à ditadura.
Conclusão
O posicionamento dos ministros do governo de Lula em repudiar o golpe militar de 1964 e defender a democracia reflete uma mudança na narrativa oficial sobre esse período da história brasileira, evidenciando uma busca pelo reconhecimento dos danos causados pela ditadura e a valorização dos princípios democráticos.