O coach Pablo Marçal tem celebrado em suas redes sociais os números divulgados nesta semana por Datafolha e AtlasIntel. Na última terça-feira (28), a pesquisa da AtlasIntel, produzida em parceria com a CNN, mostrou o deputado federal Guilherme Boulos (Psol) liderando a corrida eleitoral pela prefeitura de São Paulo, com confortáveis 37,2% das intenções de votos, contra 20% de seu principal opositor, o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB). Porém, o que chamou a atenção foi o surgimento do coach Pablo Marçal (PRTB), que apenas quatro dias após anunciar sua pré-candidatura apareceu com 10,4% da preferência do eleitorado.
Especialistas têm questionado a veracidade desses números, alegando possíveis falhas nos métodos utilizados pelas pesquisas. Rudá Ricci, cientista político e diretor do Instituto Cultiva, foi enfático ao afirmar que os dados referentes a Marçal são questionáveis. "Marçal não tem 10%, é erro de pesquisa", disse Ricci, sugerindo que a súbita ascensão do coach nas intenções de voto pode ser um reflexo de erros metodológicos ou, possivelmente, de uma estratégia deliberada para influenciar o mercado político da direita.
Ricci acredita que a chegada de Marçal à corrida eleitoral pode ser um blefe estratégico, destinado a criar uma percepção de popularidade e influência que, na prática, não se sustenta. "O mercado da direita está em ebulição, e a aparição de Marçal com esses números pode ser uma jogada para criar um espaço e ganhar visibilidade dentro desse segmento", explica o especialista.
A pesquisa da AtlasIntel, que impulsionou a discussão, foi divulgada apenas quatro dias após Marçal anunciar sua pré-candidatura. A velocidade com que o coach teria alcançado 10,4% das intenções de voto levantou suspeitas entre analistas políticos. "É muito incomum que um candidato recém-lançado consiga esse nível de apoio tão rapidamente, especialmente sem uma base política sólida ou experiência