“Até tu, Brutus, meu filho?” A célebre frase atribuída a Júlio César remete à traição do seu filho adotivo durante a Batalha de Farsalos(85-42 a.C), em uma ofensiva que resultou na morte do famoso militar romano. Na política, o ano eleitoral sempre revela seus “Brutus”, é o período no qual velhos amigos se tornam novos inimigos e muitas intenções são reveladas. Em Paço do Lumiar, o “paladino da educação”, o vereador Wellington Sousa(PSB) esqueceu das conquistas celebradas junto à gestão Paula Azevedo(PCdoB) e por motivos duvidosos encabeçou um protesto com educadores e representantes do SIMPROESSEMA nesta sexta-feira(03), em frente ao Centro Administrativo Municipal, afirmando descumprimento de reajuste do piso para esses profissionais, mesmo depois do compromisso firmado pela Secretaria Municipal de Educação de Paço do Lumiar-SEMED.
De acordo com a Nota Oficial divulgada no site da Prefeitura de Paço do Lumiar, o município garantiu o envio do Projeto de Lei 13/2024 para votação na Câmara dos Vereadores, a fim de assegurar o reajuste de 3,62% para profissionais da educação, como decidido em reunião nesta quinta-feira(02) entre a prefeita Paula Azevedo(PCdoB), a Secretária Municipal de Educação, Kênia Guimarães, e o Conselho Municipal de Educação(CME), do qual Wellington Sousa faz parte.
No ano de 2020, a categoria recebeu aumento de 12,84% e em abril de 2022, a gestão municipal pagou reajuste do piso salarial em 33,24%, conforme a portaria 67/2022 do Ministério da Educação-MEC, com direito a retroativo para professores concursados e seletivados de toda a rede pública municipal. Em Julho do mesmo ano, merendeiros e merendeiras receberam reajuste de 19,99%, resultado do Projeto de Lei- PL n°08/2022.
Esses dados provam que desde o começo a gestão Paula Azevedo tem cumprido todas as determinações do MEC e os acordos firmados, sendo assim, por que agora Wellington causaria tanto alvoroço mesmo depois do posicionamento da gestão municipal? Estaria o vereador defendendo os educadores ou tentando chamar a atenção por medo de ser castigado nas urnas após trair seus aliados?