Campanha #EmCasaSemViolencia: Esforços Conjuntos Contra o Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

No último sábado, dia 18, o Brasil observou o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Neste contexto, uma iniciativa conjunta entre o UNICEF, o Canal Futura e a Childhood Brasil deu origem à campanha #EmCasaSemViolencia, como parte do abrangente Projeto Crescer sem Violência.

A campanha surge em resposta a uma realidade alarmante: de acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023, o país testemunhou o maior número registrado de casos de estupro e estupro de vulnerável em sua história, totalizando 74.930 vítimas. Mais preocupante ainda é o fato de que 8 em cada 10 dessas vítimas têm menos de 18 anos. A pesquisa revela um cenário desolador, com 10,4% das vítimas sendo bebês e crianças entre 0 e 4 anos, 17,7% entre 5 e 9 anos, e 33,2% entre 10 e 13 anos.

Um dado que ressalta a gravidade da situação é que a residência, que deveria ser um refúgio seguro, torna-se o local mais perigoso para meninas e meninos, com 72,2% dos casos de violência sexual ocorrendo em ambiente doméstico. Mais alarmante ainda é o fato de que em 71,5% desses casos, o agressor é um familiar ou conhecido da vítima.

Diante desse panorama sombrio, a campanha #EmCasaSemViolencia busca aumentar a conscientização sobre os diversos tipos de violência praticados contra crianças e adolescentes, incluindo violência física, psicológica, sexual, trabalho infantil e negligência. Para alcançar esse objetivo, a estratégia de divulgação envolve ações digitais com influenciadores, a distribuição de cartilhas de autoproteção para ensinar os jovens a identificar sinais de violência e, ainda, o lançamento do clipe "Corra", em parceria com a banda paulistana Palavra Cantada.

Em um país onde os números de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes atingem níveis alarmantes, iniciativas como a campanha #EmCasaSemViolencia tornam-se não apenas essenciais, mas urgentes. É fundamental que todos os setores da sociedade se unam na luta contra essa violação dos direitos humanos mais básicos e vitais, garantindo um ambiente seguro e acolhedor para as futuras gerações.