O ex-presidente Jair Bolsonaro convoca hoje um ato na praia de Copacabana como mais uma investida para intimidar as autoridades brasileiras, especialmente o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Polícia Federal (PF). O objetivo é exibir apoio popular e sugerir que uma eventual prisão teria repercussões políticas significativas.
Configuração do Evento:
- Semelhança com Manifestação Anterior: O evento assemelha-se à manifestação realizada em fevereiro na avenida Paulista, com Bolsonaro e seus aliados clamando por justiça, pedindo anistia para golpistas e criticando decisões do STF.
- Aliança com Silas Malafaia: Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, é o principal aliado de Bolsonaro na organização do ato, contribuindo para a disseminação de narrativas contrárias ao Judiciário e a opositores políticos.
Temas Abordados:
- Ataques ao STF e à Polícia Federal: O evento busca alimentar ataques ao STF e à PF, especialmente após ações recentes envolvendo a retirada de conteúdo antidemocrático das redes sociais.
- Apelo para Ausência de Faixas e Bandeiras: Bolsonaro instruiu seus apoiadores a não levarem bandeiras ou faixas, a fim de evitar que discursos contra o ministro Alexandre de Moraes possam ser utilizados contra ele.
Presenças Confirmadas:
- Governador Cláudio Castro: Diferentemente do evento anterior, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), estará presente, demonstrando apoio ao ex-presidente.
- Participação de Aliados Políticos: Diversos aliados políticos, incluindo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e senadores e deputados federais, marcarão presença no evento, fortalecendo o respaldo político de Bolsonaro.
Restrições e Logística do Evento:
- Acesso Restrito ao Caminhão de Bolsonaro: Apenas 60 pessoas terão acesso ao caminhão principal do evento, incluindo membros da família Bolsonaro, aliados políticos e líderes religiosos.
- Cautela do Partido: O PL tomou precauções para evitar responsabilidade pelo evento, não financiando diretamente a manifestação, que foi custeada por doações ao pastor Silas Malafaia.
Considerações Finais: O ato em Copacabana representa mais uma tentativa de Bolsonaro de influenciar o cenário político brasileiro, buscando demonstrar força e criar constrangimentos para as instituições. A presença de aliados políticos e a organização cuidadosa do evento sugerem que o ex-presidente continua a mobilizar uma base de apoio significativa, apesar das pressões legais e políticas que enfrenta